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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

POEMA DE UM POETEIRO



LEO PEIXOTO 
de Oscar Portela 


Um felino agachado 
entre as árvores 
um animal feroz e fabuloso 
uma lenda surgida da espuma 
do desejo carnal que arde 
nos sonhos, tua perfeição 
feroz de fuga e duelo 
a ousadia de ser parte de um duelo 
na qual tu como Fênix 
levas tesouros guardados em tua 
garganta 
de tigre e semental 
o mais formoso 
habitante de todos os desejos: 

Quem fala por tua espinha dorsal? 
E por tua frente, 
Por tuas pernas 
Vergas de tornozelos com pulseiras 
douradas do mítico mistério 
que se estreita na cintura escultural 
que eleva o tórax mais perfeito 
que conhece o escultor fecundo 
em seu elemento, 
fascinado por ti 
vertiginoso, como a fonte pura 
de tua fronte e teu rosto de enigma 
e de mistério, Leo Peixoto, 

tigre e sombra que o poeta 
teme nomear para 
evitar a profanação dos 
templos, lacrados pelos deuses 
que alimentam a escarpada cabeça 
com que investes e rompes 
o equilíbrio do hexâmetro 
oh tu, Leo Peixoto 
O animal do luxo e a ferocidade? 


Leo Peixoto que seduz e mata 
A quem mira teus olhos de serpente 

O pecado está em ti: tu o sustentas. 

E minha carne é a tua e é meu sangue 
o que bebes como elixir para seguir 
guardando os tesouros que 
povos idumeus deixaram 
em tuas garras tão perfeitas 
como teus lábios de animal 
e de homem pois tu és 
o mítico e o novo, 

o ser que resplandece em 
tua cintura frágil 
e teus pômulos fontes 
aonde bebem e afogam 
as pombas pousadas 
na fonte do mítico mistério 
que rodeia com uma aura de luz 
beleza plena 

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